quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Redes sociais alteram relação entre professor e aluno


Espaço virtual começa a funcionar como extensão da sala de aula
Publicado em 28/10/2009 - 12:00

NÃO DEIXE DE LER


As possibilidades de interação, pesquisa e relacionamento proporcionadas pelas novas tecnologias e redes sociais disponíveis na Internet alteram o espaço dos métodos tradicionais de ensino. Há quem acredite que a geração atual já aprende a partir de uma nova linguagem que, por sua vez, depende da interação entre alunos e professores. Sem essa interação, o processo estaria seriamente comprometido.
Segundo André Valle, professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) do Rio de Janeiro, essa suposta nova linguagem de aprendizado depende da interação entre alunos e professores. "Se não conseguirmos sensibilizá-los, o processo de ensino fica comprometido", avalia ele. Para o professor, a partir do momento em que os alunos têm acesso a fontes de informação diversas, como as disponíveis na Internet, o papel do professor muda. "Há 15 anos o professor era a única fonte de consulta para o aprendizado. Isso não existe mais. Hoje ele é mais um facilitador do processo de conhecimento", diz Valle.
A própria visão que o aluno tem do professor estaria se modificando em vista do relacionamento entre eles já extrapolar a sala de aula e ir para o espaço virtual. Para a Margarete Lobato, professora do curso de letras da UFG (Universidade Federal de Goiás) e criadora da disciplina Internet e ensino, o professor deixa de ser um vigilante para se tornar parceiro dos alunos no desenvolvimento do conteúdo. Ao criar uma comunidade numa rede social como o Orkut, por exemplo, para discussão de temas relacionados ao conteúdo da aula, a primeira constatação de Margarete foi que houve aproximação entre alunos e professor, o que, segundo ela, não ocorre no contexto restrito da sala de aula.
A professora mantém, desde 2006, um blog com listas de discussão. A partir dos debates originados nesses fóruns, ela propõe trabalhos que, ao final, voltarão ao blog para publicação. "A partir do momento em que envolvemos os alunos, que todos são responsáveis pelo blog, vimos o aluno querendo participar e mostrar os resultados desse trabalho coletivo", afirma Margarete. Ela considera que os melhores resultados são obtidos a partir dessa fórmula, quando o professor consegue promover o envolvimento dos alunos no processo. "Uma das estratégias que utilizo é propor atividades individuais de campo e levar para o cenário virtual para discussão. A partir daí, há um resultado que é publicado", afirma ela.
Na concepção de Valle, o formato do Ensino mudou e o aprendizado agora é "bidirecional", com colaboração de todas as partes. Ele cita como modelos de tecnologias úteis ao Ensino Superior os sites que permitem compartilhamento de vídeos, arquivos e apresentações, com convergência de todas as mídias. "O uso de mídias sociais se tornou obrigatório para os professores. Ou então eles não serão capazes de passar o recado que querem aos alunos", acredita ele.
De acordo com Margarete, o interesse dos alunos com relação às possibilidades de utilização da Internet para o Ensino Superior é real. "Estamos com uma disciplina de acesso livre na universidade que chama 'Internet e ensino'. A proposta é aprender a usar os recursos que já existem, com foco inicial no Twitter. A turma lotou", comemora a professora. Ela acrescenta que os conceitos tradicionais de aprendizado são revistos a partir da perspectiva das tecnologias de Internet.
Isso porque, o viés de abordagem se daria a partir da influência das novas mídias e tecnologias nas três etapas que Margarete considera convencionais ao aprendizado. "Sempre que uma proposta é feita passa por essas três etapas. A parte da pesquisa, da construção coletiva do conhecimento e da publicação de resultados", resume ela.
Iniciativas
As iniciativas de Margarete na UFG começaram com o uso da comunidade virtual Orkut e do comunicador instantâneo MSN, devido à popularidade de ambos. Atualmente, migraram para os ambientes virtuais de aprendizagem Moodle e o Teleduc. São softwares livres oferecidos gratuitamente às universidades e que agregam todas as funções necessárias ao meio acadêmico. "O Moodle reúne as ferramentas de bate-papo, publicação e relacionamento dentro de uma caracterização própria, com registro pedagógico. É mais fácil para acompanhar do que em outros sites externos", explica a professora.
Na UniCEUB (Centro Universitário de Brasília), alunos e professores também têm à disposição uma ferramenta desenvolvida exclusivamente para uso interno. De acordo com o professor Roberto Lemos, do curso de publicidade e propaganda, o chamado Espaço Aluno permite a troca de mensagens, o envio de arquivos e o agendamento de provas e compromissos. "Tenho condições de entregar arquivos para os alunos com absoluta segurança, com a garantia de que eles receberão. Melhorou demais a conversa entre professor e alunos e ficamos mais presentes na vida dele também fora da sala de aula", declara Lemos.
Ele afirma que a adesão dos alunos ao sistema é bastante expressiva, até mesmo porque trabalha para que as atividades rotineiras de sala de aula passem pela ferramenta. "Mesmo que o aluno perca uma aula, ele tem o conteúdo disponível nesse espaço, organizado de acordo com a publicação", explica ele. "Como temos esse recurso, que engloba tudo, não sinto a necessidade de buscar recursos externos", acrescenta Lemos.
A FGV, conforme conta Valle, também conta com uma rede social própria, batizada de FGV Management Network e que permite a troca de textos, arquivos e vídeos entre alunos e professores. Ele explica que a instituição utiliza bastante o LinkedIn, a rede social voltada ao desenvolvimento de carreira. "É bem interessante por permitir discussão profissional de maneira séria, sem as distrações de sites como o Orkut, por exemplo. Utilizo para interagir com alunos e contatos e recomendo que seja usado como ferramenta de rede profissional", diz Valle. No entanto, o professor não acredita no potencial do Twitter. Para ele, é interessante sob o aspecto da disseminação rápida de informações, mas não deve prosperar por muito tempo. "Acho, pessoalmente, que dentro de pouco tempo o Twitter vai ter o mesmo destino do Second Life", acredita ele.
Sobre as distrações periféricas comuns na Internet, Margarete conta que, ao estabelecer a comunicação com os alunos por meio de sites de relacionamento, firma um contrato didático com regras sobre o que é permitido fazer naquele espaço e sobre quem terá acesso. "É importante respeitar a finalidade pedagógica, pois o uso do site de relacionamento é complementar à aula presencial", afirma ela. No entanto, a professora diz que em alguns casos é interessante que os alunos tragam questões pessoais para o âmbito da discussão, o que pode dar indícios sobre como cada um absorve o conteúdo, levando a melhorias no processo de aprendizagem.
ISTE


Twitter


ISTE (International Society for Technology in Education): organização não-governamental que promove e incentiva o ensino e o aprendizado por meio do uso efetivo de tecnologias.
Twitter: serviço gratuito de postagem de mensagens de até 140 caracteres. Serve para comunicação rápida.
Orkut
LinkedIn


Orkut: comunidade online para relacionamento em rede com amigos e pessoas com interesses gerais em comum.
LinkedIn: rede social para uso profissional. Permite descrever suas qualificações e cultivar contatos de trabalho.
Moodle
Teleduc


Moodle: sistema de administração de atividades educacionais destinado à criação de comunidades em ambientes virtuais voltados à aprendizagem.
Teleduc: ambiente para criação, participação e administração de cursos online com foco na formação de professores.
Second Life
OCW Universia


Second Life: simulador da vida real, onde é possível realizar qualquer tipo de atividade, inclusive relacionadas a aprendizagem.
OCW Universia: ferramenta de publicação eletrônica de conteúdo de aulas disponibilizadas pelas instituições.
HOJE NO UNIVERSIA

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

SKY e WWF lançam campanha no Reino Unido para salvar um bilhão de árvores na Amazônia


A Sky Reino Unido lançou na quarta-feira (21/10), em Londres, uma campanha com duração de três anos em parceria com o WWF para ajudar a salvar um bilhão de árvores na Amazônia. A campanha, intitulada Salve a Floresta (Sky Rainforest Rescue), tem o objetivo de proteger uma área de três milhões de hectares da floresta no estado do Acre, para ajudar a combater as mudanças climáticas e preservar o habitat e espécies da Amazônia por meio de incentivos às populações que ajudam a proteger a floresta.
O desmatamento está causando mais emissões de gases de efeito estufa do que a soma das emissões dos aviões, trens, navios e carros do mundo. A perda das florestas tropicais também está ameaçando o habitat de mais de 50% das espécies do planeta e o bem-estar de populações que vivem na florestas.

A floresta amazônica é essencial para evitar o perigo de mudanças climáticas, além de abrigar a riqueza da biodiversidade biológica e cultural.
A Sky e o WWF vão mobilizar a população britânica para ajudar a conter essa destruição. As organizações estão incentivando doações por meio do site www.sky.com/rainforestrescue, onde cada £10 (cerca de R$30) ajudam a salvar o equivalente a 500 árvores.
Para dar início ao projeto, para cada libra doada, a Sky irá contribuir com outra libra, até a meta conjunta de £4 milhões (cerca de R$ 12 milhões). O WWF e a Sky também estão mantendo diálogos com agências de financiamento para garantir mais apoio financeiro ao projeto.
Os recursos obtidos da campanha contribuirão para um projeto maior do governo do Acre e WWF-Brasil para conservar 3 milhões de hectares de floresta, que contem aproximadamente 1 bilhão de árvores.
O projeto vai possibilitar mais recursos para vigilância contra ameaças, entre elas o corte ilegal de madeira, e também para o desenvolvimento comunitário por meio do fortalecimento de cadeias produtivas florestais.
A fase inicial será composta pela pesquisa e consulta a comunidades locais, antes do lançamento de um projeto piloto no início de 2010, que será ampliado posteriormente.
Na opinião de Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil, alianças entre ONGs, governos, empresas e cidadãos comprometidos é fundamental para a conservação da Amazônia. “Essa parceria é inovadora e poderá ser um exemplo de modelo para mitigar os efeitos das mudanças climáticas”, afirmou.
Binho Marques, governador do Acre, comentou que 88% do estado estão cobertos por florestas. “Temos sob nossa responsabilidade um precioso recurso global. Nosso objetivo é assegurar o desenvolvimento de um modelo sustentável para a conservação que atenda às necessidades de nossas comunidades tradicionais. A campanha é determinante para podermos alcançar essa meta”, concluiu.
Empresas e meio ambiente
O projeto faz parte de um novo conjunto de compromissos da Sky no Reino Unido para ajudar a enfrentar as mudanças climáticas, incluindo um orçamento geral para reduzir suas emissões de CO2 em 25% em toda a empresa até 2020.
Além disso, a empresa planeja aumentar a eficiência energética de seus edifícios em 20% e obter 20% da energia consumida em todos os seus prédios em fontes renováveis locais dentro do mesmo horizonte de tempo. Até 2012, a Sky irá reduzir as emissões de carbono de sua frota de vans em 25% (por van) e as emissões geradas pelas viagens dos funcionários a trabalho em mais 20% (por ETI).
A Sky também assumiu o compromisso de cortar o consumo total de energia das caixas do Sky+HD recém-instaladas em 30% até 2012, e irá se articular com 50 de seus fornecedores que mais geram emissões de carbono para ajudá-los a medir sua pegada de carbono e reduzir ainda mais as emissões.
Fonte: WWF

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Equipe de parques paulistas recebe treinamento sobre trilhas



“Vou tentar arrumar tudo o que está errado nas trilhas da Unidade de Conservação em que trabalho”. A afirmação do monitor ambiental, José Floido, do Parque Estadual de Intervales, resume a animação para aplicar o que aprendeu durante o curso de criação e manutenção de trilhas, promovido no Parque Estadual da Cantareira, em São Paulo, pelo WWF-Brasil e Fundação Florestal, com recursos do HSBC. Silva foi um dos 22 representantes de 18 parques estaduais paulistas que estudaram, entre os dias 29 de setembro e 2 de outubro, as melhores formas para minimizar impactos sobre a biodiversidade da Mata Atlântica decorrentes da visitação.
Trilhas mal conservadas, com lixo, trechos desbarrancados e alagados podem pôr em risco os visitantes e gerar focos de degradação nessas áreas protegidas. Os participantes aprenderam na prática como fazer o levantamento das características de uma área, definir o melhor traçado de uma nova trilha e fazer a manutenção, evitando esses e outros problemas.
O analista de Conservação do WWF-Brasil, Cristiano Cegana, acredita que o conhecimento será replicado dentro dos parques e, até mesmo, para outras áreas protegidas. “Criamos um grupo de discussão para trocar experiências do que está sendo feito em cada parque e estamos pensando num workshop futuro no qual todo grupo se reunirá para fazer um multirão em um determinado parque.”

E trabalho é o que não falta. Só no projeto Trilhas de São Paulo, iniciativa pioneira do governo do Estado de São Paulo para aproximar a população dos parques, foram selecionadas 40 trilhas que percorrem 200 quilômetros e interligam diferentes paisagens no estado. Os visitantes são estimulados a conhecê-las pelo guia Passaporte Trilhas de São Paulo, que apresenta informações e premia aqueles que concluírem etapas do roteiro.
Ao percorrer as trilhas e ver de perto a diversidade de vida, formas e sons, o visitante tem a experiência de estar dentro de uma das matas mais ricas em biodiversidade do mundo e, como conseqüência, entender sua importância. “Esse é o grande ganho: fazer o uso sustentável da floresta que propicia ainda qualidade de vida para a população e aproxima as pessoas da preservação ambiental. Obter o apoio das pessoas é fundamental”, explica a coordenadora do Programa Mata Atlântica, Luciana Simões.
“Os parques da Mata Atlântica estão perto de grandes cidades e as pessoas estão indo cada vez mais para esses lugares. Isso é bom, mas temos que acompanhar para que continue sendo positivo para os dois lados. Tanto para a pessoa usufruir de um lugar conservado quanto o parque continuar protegendo a natureza”, compara Simões. “Neste ano já avançamos muito nesta direção”, conta.
No primeiro semestre do ano, três parques testaram um novo sistema de monitoramento de impactos e, em novembro, a equipe de 19 parques estaduais de São Paulo abertos à visitação, além de especialistas, receberão um novo treinamento sobre esse o sistema de monitoramento. Com a ferramenta, os parques terão condições de monitorar e adotar cuidados para prevenir e combater condições que perturbem os animais e atuem como fatores de degradação da floresta. “Esse sistema de monitoramento foi construído em conjunto com os gestores e será o primeiro do país”, comemora Simões.
Fonte: WWF

domingo, 18 de outubro de 2009

Embratur promove destinos brasileiros de turismo de aventura nos Estados Unidos



A Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) participou nos dias 10 e 11 de outubro, em Nova York, da Adventure in Travel Expo, uma das maiores feiras especializadas na promoção de Turismo de Aventura nos Estados Unidos (EUA).
O evento teve como foco central a divulgação de pacotes de viagem nesse segmento e ofereceu praças para a prática de atividades temáticas e esportes radicais, além de apresentações de espetáculos culturais.
Estiveram presentes no estande do Brasil, juntamente com a Embratur, representantes da Tam Airlines, BTOA, Minas Gerais, Ariau Towers e Brazil Tours Expeditions de São Paulo.
De acordo com Miguel Jerónimo, Executivo do Escritório Brasileiro de Turismo na Costa Leste dos Estados Unidos, “muitos consumidores, profissionais do setor e imprensa procuraram o estande do Brasil para obter informações sobre diferentes destinos turísticos no país que oferecem aventura e ecoturismo”. Miguel Jerónimo contou ainda que muitos visitantes pediram informações sobre o Rio e as Olimpíadas de 2016.
Fonte: MTur

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Cadastro na Rede Nacional de Turismo Rural já está disponíve


Agricultores, donos de hotéis-fazenda, operadores de turismo e agências de viagem já podem participar da Rede Nacional de Turismo Rural, um grande fórum nacional para a troca de informações e o fortalecimento das relações e parcerias entre os envolvidos com o segmento. A Rede foi lançada na quarta-feira (07) durante a VI Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária, na Marina da Glória (RJ).
A solenidade teve a participação do Secretário Nacional de Políticas de Turismo, Airton Pereira, e do ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel. O secretário do MTur explica que a articulação do segmento era um pedido antigo dos seus representantes. “Essa articulação é fundamental para que se possa ampliar a quantidade de recursos humanos, materiais ou tecnológicos disponíveis para o desenvolvimento das ações no turismo rural. É necessária para que os empresários, bem como o setor público, possam compartilhar experiências de sucesso ou de fracasso”, destaca Pereira.
Além dos debates on-line, o MTur e o MDA promoverão encontros presenciais e virtuais entre os membros do fórum, a fim de fomentar a estruturação da rede. Qualquer pessoa que se interesse pelos temas do Turismo Rural pode se cadastrar aqui.http://comunidades.mda.gov.br/dotlrn/clubs/redenacionaldeturismo] O registro é gratuito, basta ter uma conta de e-mail para a criação do login. Feito isso, o usuário está pronto para navegar na rede.
A página está inserida nas comunidades do Portal da Cidadania, do MDA, que funciona como uma rede social, onde o usuário cria o seu perfil e pode participar de reuniões on-line ou de web conferências. Também é possível incluir documentos, vídeos, notícias e outras informações relacionadas. Além disso, os participantes podem comentar temas em destaque no fórum de debates. A primeira pergunta é: Quais seriam as ações necessárias para alavancarmos o Turismo Rural no Brasil?
A Rede Nacional de Turismo Rural pertencerá aos participantes, sendo o Governo Federal o fomentador inicial, a fim de que sejam respeitados os princípios da autonomia e horizontalidade, essenciais a qualquer rede.
O segmento
O Turismo Rural é compreendido pelo Ministério do Turismo como o conjunto das atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometidas com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade.
Para o MTur, o meio rural pode ser bem aproveitado para o turismo. Não só as propriedades, como também os atrativos e produtos existentes no campo podem ser uma opção para os turistas e uma oportunidade para os que nele vivem.
Fonte: MTur

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

MTur e MDA assinam acordo de cooperação técnica


Geração de renda para agricultores familiares e fortalecimento do turismo são alguns dos objetivos

07/10/2009
Os ministérios do Turismo (MTur) e do Desenvolvimento Agrário (MDA), assinam nesta quarta-feira (07), no Rio de Janeiro, um acordo de cooperação técnica que deverá inserir produtos da agricultura familiar no mercado turístico e contribuir para o desenvolvimento do Turismo Rural no Brasil. Com a iniciativa, o governo federal pretende realizar ações conjuntas para fortalecer a relação entre a agricultura familiar e a atividade turística no Brasil. A solenidade acontece durante a VI Feira Nacional de Agricultura Familiar e Reforma Agrária, na Marina da Glória (RJ).
Entre os objetivos do acordo, estão:

• Geração de renda para os agricultores familiares e a agregação de valor à oferta turística;
• Fortalecimento dos segmentos de turismo rural e ecoturismo;
• Ampliação do acesso ao crédito rural para o turismo por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF;
• Comercialização de produtos da agricultura familiar aos equipamentos turísticos, especialmente os de hospedagem e alimentação;
• Promoção e realização conjunta de eventos de interesse mútuo e
• Integração entre instâncias governamentais e não-governamentais dos setores do turismo e da agricultura familiar.

O acordo, firmado por meio das coordenadorias de Segmentação e de Produção Associada (MTur) e de Turismo e Artesanato (MDA), vigorará até o dia 31 de dezembro de 2011, podendo ser prorrogado. Na sequência, um comitê gestor será constituído, composto por representantes dos dois ministérios, para elaborar um plano de ação que norteará as ações desenvolvidas em conjunto.
Rede de Turismo Rural
Após a assinatura, o MTur e o MDA lançam a Rede Nacional de Turismo Rural, um grande fórum nacional para a troca de informações e fortalecimento das relações e parcerias entre os diversos participantes do segmento. A rede reunirá representantes dos três setores: agricultores familiares, empreendedores, proprietários de hotéis-fazenda, gestores públicos, operadores de viagem, pesquisadores, autônomos, representantes do terceiro setor e pessoas interessados no segmento rural.
A Rede Nacional de Turismo Rural pertencerá aos participantes, sendo o Governo Federal o fomentador inicial, a fim de que sejam respeitados os princípios da autonomia e horizontalidade, essenciais a qualquer rede.
Para saber mais sobre a Rede Nacional de Turismo Rural, acesse: http://www.turismo.gov.br/turismo/noticias/todas_noticias/200909031.html