domingo, 19 de abril de 2009

Turismo rural pode ser opção em tempos de crise econômica

Programa Benchmarking em Turismo faz nascer primeira operadora nacional de turismo rural
Descoberto na última década pelos visitantes estrangeiros e nacionais, o turismo rural foi o segmento do setor turístico que mais cresceu no Brasil desde então, com uma média de 20% ao ano. Segundo estimativa da Associação Brasileira de Turismo Rural (Abraturr), em 1994 haviam cerca de 400 empreendimentos rurais com atrativo turístico. Em 2008, já seriam cerca de 15 mil.
Mas o setor não vem atravessando uma boa fase, segundo o presidente da Abraturr, Carlos Solera. Proprietário de um empreendimento rural em
Santa Catarina, ele recebeu apenas um grupo estrangeiro nos primeiros três meses deste ano. “Tínhamos uma média de três grupos por mês”. Solera atribui a diminuição da procura a dois fatores: crise econômica mundial, que afastou os estrangeiros, e o gargalo da comercialização com as agências de turismo.
“Nos últimos anos, as agências de turismo voltaram-se principalmente para os pacotes internacionais e de sol e praia. Mas agora o turista brasileiro está procurando opções mais baratas dentro do País. Pode ser uma boa hora para trabalharmos em parceria e oferecer diferenciais”, diz Solera.
Uma boa notícia para o setor foi divulgada recentemente no 31ª Encontro Comercial da Braztoa, em São Paulo. O lançamento da primeira operadora especializada em turismo rural do Brasil, a Brasil Rural, que nasceu depois de uma viagem de 16 empresários brasileiros ao norte de Portugal, este ano, no projeto Benchmarking em Turismo – Experiências Internacionais, uma parceria entre Sebrae, Braztoa, Embratur e Ministério do Turismo.
“Eu trabalho há muitos anos com turismo rural e sempre tive vontade de ter uma operadora. Em Portugal, tive a oportunidade de conhecer uma operadora portuguesa. Pude perceber na viagem que o Brasil tem grande potencial turístico no setor. Precisamos apenas nos profissionalizarmos”, disse Andréia Arantes, uma das criadoras da Brasil Rural.
A operadora nasceu com quatro produtos específicos que têm como compromisso expressar a qualidade de vida e respeito à natureza. “Queremos promover múltiplas experiências rurais no Brasil, com roteiros em 16 Estados brasileiros e em países como Portugal e Colômbia. Já estão prontos para começar a operar 13 roteiros no Brasil, fora os pacotes especiais, customizados, que podem ser contratados pelos clientes”, diz Andréia.
Os produtos se dividem em duas categorias. A primeira, 'Experiências', é constituida por momentos exclusivos - para indivíduos ou pequenos grupos - em que são propostas atividades como modelar o barro, fazer bonecas ou objetos em palha de milho ou participar de um piquenique à beira do rio. O 'Piquenique na Serra da Mantiqueira', por exemplo, custa apenas R$ 95,00, com seguro incluído.
A segunda categoria, 'Roteiros', subdivide-se em 'Naturais' e 'Natureza e Aventura', e contam com um número mínimo de participantes. A idéia é conhecer engenhos, pequenos sítios, quintas e haciendas para presenciar a produção do café, cana-de-açúcar, alimentos orgânicos, fazer cavalgadas e escaladas nas serras e montanhas, praticar arquearia e fazer passeios de bicicleta ou caminhadas.
Para Carlos Solera, a iniciativa da Brasil Rural chega na hora certa, já que o segmento passa agora por sua quarta fase, a da comercialização. “O desconhecimento não é só das agências, mas também das fazendas de turismo rural. Quem produz (empresário rural) na maioria das vezes não entende a função e trabalho dos atores da comercialização e dificilmente possui uma visão profissional do turismo. Tudo ainda é muito novo, mas gradativamente este sistema de compreensão vem crescendo”.
Das quase 15 mil fazendas que trabalham com turistas, 60% têm até 50 hectares, o que mostra a grande inserção de pequenos proprietários rurais em busca de diversificação para agregar novos valores a suas atividades tradicionais. O turismo rural, segundo o presidente da Abraturr, gera perto de 500 mil empregos diretos e indiretos no País. Destes, 35% são representados por mão-de-obra familiar e o restante por trabalhadores de origem local ou regional.
“Estes são dados importantes para que os prefeitos tomem consciência e façam políticas públicas voltadas a desenvolver o turismo em suas cidades, principalmente em regiões onde há grande concentração de empreendimentos rurais.
No próximo dia 6 de abril, Solera participa com outras 63 entidades da primeira reunião de 2009 do Conselho Nacional do Turismo. Na pauta, o corte de 85% do orçamento do Ministério do Turismo este ano.
Serviço:Abraturr – (41) 3243-0908/9226-5170Brasil Rural – (11) 8279-7788
http://www.brasilrural.tur.brAgência Sebrae de Notícias – (61) 3348-7494 e 2107-9352www.agenciasebrae.com.br
Fonte: Agência Sebrae de Notícias

quinta-feira, 16 de abril de 2009

SL - ONDE AS VISITAS TÉCNICAS SÃO POSSÍVEIS































Não só as aulas podem ser interativamente ministradas como enriquecidas com as Visitas Técnicas realizadas em várias fazendas e espaços rurais do SL.







FAZENDAS NO SECOND LIFE I


















Turismo Rural: definições


A conceituação de Turismo Rural adotada pelo Ministério do Turismo fundamenta-se em aspectos que se referem ao turismo, ao território, à base econômica, aos recursos naturais e culturais e à sociedade. Com base nesses aspectos, define-se que:



"Turismo Rural é o conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometidas com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade".


Esse conceito revela uma lógica de valorização das particularidades do Turismo Rural e pode ser compreendido a partir do detalhamento das idéias nele sintetizadas, como descrito abaixo:


Atividades turísticas no meio rural


As atividades de turismo rural constituem-se da oferta de serviços, equipamentos e produtos de:
• Operação e agenciamento.
• Transporte.
• Hospedagem.
• Alimentação.
• Recepção à visitação em propriedades rurais.
• Recreação, entretenimento e atividades pedagógicas vinculadas ao contexto rural.
• Eventos.
• Outras atividades complementares às acima listadas, desde que praticadas no meio rural e que existam em função do turismo ou que se constituam no motivo da visitação.


O meio rural


A concepção de meio rural aqui adotada baseia-se na noção de território, com ênfase no critério da destinação da terra e na valorização da ruralidade. Assim, considera-se território um espaço físico, geograficamente definido, geralmente contínuo, compreendendo cidades e campos, caracterizados por critérios multidimensionais, como ambiente, economia, sociedade, cultura, política e instituições, e uma população com grupos sociais relativamente distintos, que se relacionam interna e externamente por meio de processos específicos, onde se pode distinguir um ou mais elementos que indicam identidade e coesão social, cultural e territorial.
Nos territórios rurais, tais elementos manifestam-se, predominantemente, pela destinação da terra, notadamente focada nas
práticas agrícolas e na noção de ruralidade, ou seja, no valor que a sociedade contemporânea concebe ao rural. Tal valor contempla as características mais gerais do meio rural: a produção territorializada de qualidade, a paisagem, a biodiversidade, a cultura e certo modo de vida, identificados pela atividade agrícola, a lógica familiar, a cultura comunitária, a identificação com os ciclos da natureza.


Comprometimento com a produção agropecuária



É a existência da ruralidade, de um vínculo com as coisas da terra. Dessa forma, mesmo que as práticas eminentemente agrícolas não estejam presentes em escala comercial, o comprometimento com a produção agropecuária pode ser representado pelas práticas sociais e de trabalho, pelo ambiente, pelos costumes e tradições, pelos aspectos arquitetônicos, pelo artesanato, pelo modo de vida, considerados típicos de cada população rural.



Agregação de valor a produtos e serviços


A prestação de serviços relacionados à hospitalidade em ambiente rural faz com que as características rurais passem a ser entendidas de outra forma que não apenas focadas na produção primária de alimentos. Assim, práticas comuns à vida campesina, como manejo de criações, manifestações culturais e a própria paisagem, passam a ser consideradas importantes componentes do produto turístico rural e, conseqüentemente, valorizadas por isso. A agregação de valor também se faz presente pela possibilidade de verticalização da produção em pequena escala, ou seja, beneficiamento de produtos in natura, transformando-os para que possam ser oferecidos ao turista, sob a forma de conservas, embutidos, produtos lácteos, refeições e outros.


Resgate e promoção do patrimônio cultural e natural


O Turismo Rural, além do comprometimento com as atividades agropecuárias, caracteriza-se pela valorização do patrimônio cultural e natural como elementos da oferta turística no meio rural. Assim, os empreendedores, na definição de seus produtos de Turismo Rural, devem contemplar com a maior autenticidade possível os fatores culturais, por meio do resgate das manifestações e práticas regionais (como o folclore, os trabalhos manuais, os costumes, as festas, os "causos", a gastronomia etc.), e primar pela conservação do ambiente natural, da paisagem e cultura (o artesanato, a música, a arquitetura etc.).


(Cartilha de Turismo Rural do Ministério do Turismo)


segunda-feira, 6 de abril de 2009

DIRETRIZES PARA O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO RURAL

http://www.mda.gov.br/saf/arquivos/diretrizes.pdf
MINISTÉRIO DO TURISMO

http://www.alasru.org/cdalasru2006/14%20GT%20ANA%20C%C3%89LIA%20DE%20CASTRO%20TEIXEIRA,%20FABIANA%20MOREIRA%20VICENTIM,%20TATHIANA%20TAKARA.pdf
TURISMO RURAL E AGRICULTURA FAMILIAR
ANA CÉLIA DE CASTRO TEIXEIRA1
FABIANA MOREIRA VICENTIM2
TATHIANA TAKARA3



http://www.sober.org.br/palestra/9/221.pdf
TURISMO NO ESPAÇO RURAL: A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO DAS
INSTALAÇÕES PARA MINIMIZAR OS IMPACTOS CAUSADOS PELO EXCESSO DE
CARGA NOS AMBIENTES RURAIS E NATURAIS
JOÃO VICENTE ANDRÉ; RONIE PETERSON SILVESTRE;
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
PORTO VELHO - RO - BRASIL

sábado, 4 de abril de 2009

COMO SE CONSTROI A IMAGEM DE UM MUNICÍPIO



COMO SE CONSTROI A IMAGEM DE UM MUNICÍPIO?
Janaina Britto


Nem sempre a imagem de uma cidade coincide de indivíduo para indivíduo. Por diversos motivos, por sua experiência pessoal, pela sua atividade profisssional etc, diferentes indivíduos formam diferentes imagens de uma mesma cidade.

Assim, nem todas as cidades competem necessariamente, com as mesmas potencialidades ou pelos mesmos segmentos de consumidores.

Novo enfoque deve ser observado: a imagem da cidade não é somente a representação da sua identidade, mas também a forma como o observador , o turista a enxerga e idealiza e como sua comunidade a apoia

Uma cidade não deve somente estreitar o seu público alvo e atrair aqueles que tem total identificação com sua principal oferta. O município deve agregar outros valores e serviços em seu composto turístico, tornando-se um produto com excelentes oportunidades de diversificação. Ex: O que Campos de Jordão vem fazendo na época de verão.

A imagem do município a ser criada deve ser configurada na realidade para obter sucesso e, desse modo, se for vinculada à identidade local, terá fortes possibilidades de sucesso na exploração do turismo.

EXEMPLO: Pode-se projetar tornar uma cidade a capital regional do calçado, o que permitiria uma série de atividades em torno desse produto que, ao final, construiriam a imagem da cidade. No entanto, se não há tradição calçadista na cidade, não há a identificação dos moradores com essa perspectiva, não se construirá uma imagem forte e haverá a tendência de se não agregar valor ao produto pois não será considerada autêntica, no sentido de não se identificar com a tradição local

A Cidade de Franca (SP), produz cerca de 29 milhões de pares/ano, ou seja, 6% da produção nacional e responde por 3% das exportações totais. um dos mais modernos distritos industriais do Brasil.Possui toda a infra-estrutura básica para a instalação de toda e qualquer tipo de indústria numa área de aproximadamente dois milhões de metros quadrados inteiramente urbanizados.Funcionam atualmente no distrito cerca de 160 empresas, sendo predominante a de calçados e curtumes.

Franca é uma cidade cuja economia está bem assentada na fabricação de calçados, que em 2007 produziu 26.100.000 de pares e no elevado índice de as exportações e a guerra fiscal deflagrada por outros estados, grandes indústrias, ou fecharam as portas ou se transferiram da cidade. Apesar disto, Franca continua com um número bastante elevado de indústrias e estas estão focadas no mercado interno. Até 1983, Franca sediava a Francal – feira de calçados que movimentava consideravelmente o trade turístico da cidade. No entanto, foi a fragilidade deste trade turístico, a falta de uma boa rodovia e a inexistência de vôos diários no aeroporto, que os organizadores resolveram realizar a feira na Cidade de São Paulo, buscando uma melhor infra-estrutura hoteleira e de transporte.

No entanto, pode-se desenvolver uma marca da cidade que não tem muita relação com a tradição original mas que tem como fonte, um evento extraordinário e que lançou o nome da cidade em outras regiões, associando-a ao fenômeno.

EXEMPLO: A cidade de Varginha, em Minas Gerais que, por conta de eventos extraordinários, verdadeiros ou não, passou a ser conhecida como a cidade dos extras terrestres.

Localizada à 318 Km de Belo Horizonte, Varginha fica na porta de entrada do circuito do Lago de Furnas. Descobrir a cidade significa, antes de tudo, uma viagem. A secularidade das tradições mineiras, a beleza de sua juventude, a riqueza da terra, a "cidade grande". O contraste entre o progresso e suas origens dão maior beleza ao município.
Com noves clubes recreativos, reserva florestal localizada no Parque Ecológico São Francisco, dezenas de praças e espaços reservados à prática de atividades culturais, Varginha apresenta grande estrutura também no lazer e turismo. Por tudo isso, é possível afirmar, com orgulho, que Varginha é a cidade do Terceiro Milênio.
Possui um povo que caminha em harmonia com a cidade. É uma cidade aberta a novos investimentos. Varginha assume naturalmente sua condição de liderança no interior mineiro, sendo o município que mais projeta influência em sua região.
Varginha ficou conhecida internacionalmente pelo fato de ter sido "palco" de uma das mais intrigantes histórias da ufologia mundial. O aparecimento de um ser extraterrestre - visto por três garotas, presenciado por policiais e estudado por ufólogos - só não ficou comprovado porque existe interesse, por parte não se sabe de quem, de que a história seja acobertada.

A imagem do destino, portanto, deverá influenciar decisivamente na escolha do eventual comprador do pacote/produto.Nesse sentido torna-se fundamental a criação de uma imagem eficaz de uma localidade e isso pode ser feito, segundo Kotler, utilizando-se de 3 instrumentos:

· Slogans, frases e posicionamento
· Símbolos visuais e
· Eventos e feitos


Slogans

De um modo geral os slogans são criados e relacionados a campanhas específicas. Sendo uma expressão fácil de lembrar, é utilizada em campanhas políticas, publicidade, propaganda, para lançar um produto, marca etc. Um bom slogan pode ser a base a partir da qual a imagem de uma localidade pode ser ampliada.

EXEMPLO: A cidade de Caruaru (PE) e Campina Grande (PB) há muito tempo disputam a liderança nacional de oferecer a melhor festa junina do país e forró e encontraram slogans que as diferenciam, ao mesmo tempo que fortalecem a imagem e identidade do evento:
CAPITAL DO FORRÓ – CARUARU
O MAIOR SÃO JOÃO DO MUNDO – CAMPINA GRANDE

O antigo e permanente slogan do Rio de Janeiro – CIDADE MARAVILHOSA – cantado em verso em prosa, é um excelente exemplo de expressão que atinge vários públicos e dá uma idéia geral do produto turístico da cidade, conseguindo transformar todas as atrações em uma principal: a identidade do Rio de Janeiro.

Qualquer que seja o slogan e por mais inteligente que seja a mensagem tem que ser sustentada por um desempenho real.

Posicionamentos

O posicionamento de imagem é o ponto em que as cidades se posicionam em termos regionais, nacionais e internacionais como o local adequado a um certo tipo de atividade. O consumidor irá considerá-la como uma referência em relação à alguma coisa.

O conceito de posicionamento vai alem da imagem derivando da representação mental do destino pelos turistas: não é o que os consumidores conhecem como fatos objetivos, mas o que pensam e sentem sobre um destino turístico, seus recursos, seus serviços, a hospitalidade dos habitantes, seus hábitos e costumes e tudo que afeta o comportamento do turista

As afirmações de posicionamento são tão fortes que, as vezes, se confundem com seus slogans e se integram em um só. É o caso de Caruaru, em Pernambuco que tem slogan e posicionamento quase idênticos: a capital do forró/ capital do forró.

EXEMPLO: Uma cidade pode, por outro lado, ter uma forte imagem externa associada a ela e não fazer uso desse fato para seu posicionamento. È o caso de Bragança Paulista, conhecida como a terra da linguiça e não apresenta nenhum evento explorando esse tema e nem pontos turísticos, como bares e restaurantes, que explorem a força da imagem. Pela proximidade com a capital de São Paulo, um evento anual com o produto/tema linguiça, provavelmente atrairia milhares de visitantes para o município e divulgaria suas outras atrações turísticas.

Símbolos Visuais

Muitas localidades apresentam estruturas físicas que se tornam símbolos

turismo rural


O ESPAÇO TURÍSTICO
Janaina Britto
1/2009

Para efeito do planejamento do turismo: é necessário conhecer as características do espaço em que se vai implantar o turismo

Quando um sistema de planejamento nacional começa a operar →

Definir seu campo de ação em função da regionalização do país – que ocupam todo o seu território.
As regiões adquirem determinada identidade – qualificação homogênea e contínua – indicadores econômicos- bens e serviços

Lembrando =divisão política-administrativa

A análise econômica não pode ser transportada para o espaço físico – muitos elementos materiais da natureza abrangem mais de uma região politicamente e economicamente dividida.

Daí: região-plano ou região programa


O turismo vai principalmente se inserir no planejamento físico de determinada localidade ou região, atingindo e impactando os demais espaços.

O planejamento físico do espaço é: a técnica científica do ordenamento das ações do homem sobre o território, resolvendo harmonicamente a construção de todo tipo de coisas e antecipando o efeito da exploração dos recursos naturais.

Evita a anarquia espacial.

Seu objetivo é a organização do espaço e sua função é aperfeiçoar o uso atual, evitando esgotamentos para o futuro.

Possibilidades de aplicação do planejamento físico:

planejamento do espaço natural
planejamento do espaço urbano

Realizado por uma enorme gama de profissionais, está a serviço do planejamento integrado do turismo.

Características do Espaço Físico

Dentro da escala que se quer abranger, o espaço físico é toda a Terra e sua continuidade (ex. mar)

Dentro dos limites da capacidade perceptiva dos homens há, portanto, 2 modos de observa-se o espaço:

mediante o tamanho dos objetos materiais
mediante as distâncias que os separam

A forma que ambos deixam é distinta: dos objetos é a sua massa e dos espaços, pela forma dos objetos que os limitam.
Assim, há os seguintes tipos de espaço:

Espaço Plano: tem duas dimensões – comprimento e largura e serve para se conhecer o tamanho das coisas – corredor de um hotel, p.ex
Espaço Volumétrico: tem 3 dimensões – comprimento, largura e altura e refere-se a forma do objeto – 3d
Espaço Tempo: reúne as 3 dimensões anteriores à uma nova, representada pelo tempo que um observador demora para percorrer um espaço – corredor de hotel – ou apreciar um volume – pirâmides no Egito.

Assim, essa quarta dimensão é subjetiva e extremamente importante para o Planejamento do Turismo. O estudo minucioso da qualidade espacial de cada lugar deve servir para traçar os percursos ideais e para calcular os tempos óticos e mínimos de cada visita.

Além do espaço econômico e do físico, para efeito de planejamento também utilizam-se os conceitos de espaço social e político.

Os dois não passam de partes de um território limitado por entornos em situações similares

Espaço social: qualidade de moradia ou grau de alfabetização

Os espaços econômico, social e político compartilham as mesmas características intangíveis diferenciando-os do espaço físico.

TIPOS DE ESPAÇO FÍSICO PARA PLANEJAMENTO

O planejamento manejo 7 tipos de espaço físico

REAL
POTENCIAL
CULTURAL
NATURAL
VIRGEM
ARTIFICIAL
VITAL

Alguns correspondem a expressões materiais do espaço físico: cultural
Natural, virgem, artificial e vital. Os outros são qualificações conceituais próprias do planejamento (real e potencial) e um deles pertence ao campo da ecologia (vital)

Definições das Tipologias

Espaço Real: refere-se a toda superfície de nosso planeta e a biosfera que o envolve. É real porque o percebemos e nos deslocamos por ele.
Espaço Potencial: refere-se às possibilidades de mudança, destinando-se o espaço real a um uso diferente do atual. Não existe no presente e faz parte da imaginação dos planejadores, que o estudam em prognósticos e diagnósticos
Espaço Cultural: É a parte da crosta terrestre que teve modificada sua fisionomia original, devido à ação do homem e devido ao seu trabalho e tarefas, se distingue como uma cultura diferenciada. È espaço natural adaptado se analisado enquanto solo modificado.
Espaço Natural: Também chamado de natural adaptado, são as partes da crosta terrestre em que predominam o reino vegetal, animal e mineral, sob as condições que o Homem lhes estabeleceu. É Tb chamado de espaço rural, assinalando a diferença com o espaço urbano e com as atividades realizadas no local. O Homem determina seu uso.
Espaço Artificial: Inclui aquela parte da crosta terrestre em que predomina todo tipo de artefato construído pelo Homem, sendo sua expressão máxima a cidade ou espaço urbano.
Espaço Natural Virgem: São aquelas áreas cada vez mais raras, do espaço natural sem vestígios da ação do Homem.
Espaço Vital: Essa forma espacial não se refere ao solo, mas ao homem ou a qualquer outra espécie do reino animal, vegetal e mineral e seu entorno ou meio favorável que requerem para sobreviver. Espaço ecológico.

TIPOLOGIA ESPACIAL

REAL POTENCIAL

Natural ou Rural
CULTURAL OU ADAPTADO
Artificial ou Urbano


Virgem
NATURAL
Adaptado

VITAL (ecológico)

O ESPAÇO TURÍSTICO

O Espaço Turístico é conseqüência da presença e distribuição territorial dos atrativos turísticos que são a matéria prima do turismo, Este elemento do patrimônio turístico mais o empreendimento e a infra-estrutura turística são suficientes para definir o espaço turístico de qualquer localidade, região, estado e país

Quando o profissional de planejamento trabalha na delimitação desse espaço, o faz através de mapas e recursos tecnológicos – GPS – traçando uma superfície plana que represente o espaço a ser trabalhado em prol da exploração turística.

Como é descontínuo, o espaço turístico deve fielmente apresentar os atrativos e estruturas E REALÇAR ESSES AGRUPAMENTOS.

No caso de regionalização do turismo e seus produtos CLUSTERS, não se conceitua o espaço como turístico – é REGIÃO TURÍSTICA.

Assim, as tecnologias e metodologias auxiliam na distribuição territorial de atrativos e empreendimentos de forma a identificarmos os agrupamentos e recorrermos aos componentes do espaço turístico, classificados, em ordem descendente em relação ao tamanho de sua superfície, a seguir:

ZONA
ÁREA
COMPLEXO
CENTRO
UNIDADE
NÚCLEO
CONJUNTO
CORREDOR
CORREDOR DE TRANSLADO
CORREDOR DE ESTADA

ZONA:
A denominação geoturística da zona turística Costa das Baleias foi dada pelo governo baiano, quando dividiu o estado em pólos e zonas turísticas. A Costa das Baleias está inserida no Pólo Turístico do Descobrimento, engloba as cidades de Prado, Alcobaça, Caravela, Nova Viçosa e Mucuri, localizadas no extremo sul, e possui o atrativo natural do arquipélago de Abrolhos, além de receber em seu litoral de junho a novembro as baleias Jubartes, que chegam à região para procriar e alimentar seus filhotes. A figura 1 mostra a localização da zona turística Costa das Baleias e as respectivas cidades que a compõem.




















... - finalmente, foi criado o cluster da Rota Turística Costa das Baleias, conforme a figura 2



















DISCUSSÃO:

O desenvolvimento do turismo está intimamente relacionado com a elaboração de estratégias – para alcance de resultados e aumento de produtividade, para resolução de problemas e desafios impostos pela globalização, em especial através de alianças estratégicas. A discussão sobre a formação de clusters como estratégia de desenvolvimento regional e de alianças estratégias (fusões, alianças, incorporações, franquias, etc.) para melhoria da competitividade tem ocupado uma posição de destaque em diversos segmentos econômicos. Em especial a partir da segunda metade da década de 90, essa discussão também tem recebido atenção na atividade turística. O presente artigo discute superficialmente, observando colocações de alguns autores, o relacionamento das estratégias de formação de clusters e alianças na atividade turística.

Beni (1999), “cluster é um conjunto de atrativos com destacado diferencial turístico, dotado de equipamentos e serviços de qualidade, com excelência gerencial, concentrado num espaço geográfico delimitado

Petrocchi (apud FRATUCCI, 2002) propõe o conceito de pólos turísticos como recurso metodológico para o desenvolvimento de processos de planejamento turístico e apresenta o conceito de pólo como sinônimo de "cluster" a partir do conceito proposto por Porter (2002). Petrocchi oferece alguns exemplos brasileiros, onde o conceito de "pólo" foi a base metodológica, como os "clusters" turísticos dos Estados do Maranhão, Pará e Ceará. Toledo e colaboradores (2001) desenvolveram o “Modelo de Sistema Interfuncional Inter-relacionado da Competitividade em Clusters Turísticos” (SIIC). Esses autores desenvolveram um quadro (Quadro 1), com base no SIIC, onde demonstram as principais diferenças entre pólo turístico e cluster turístico: